Foto aérea do distrito de Olivença.

Foto aérea do distrito de Olivença.

Olivença

Informações atualizadas para voçê ficar por dentro do que acontece em Olivença e região.

História Olivença.

O aldeamento de Nossa Senhora da Escada foi formado por volta de 1680, ou seja, há 325 anos. Será que ainda existe algum traço deste passado na Olivença atual? Na paisagem, ainda permanece o desenho urbano original, com destaque para a praça da igrejinha. Esta por sua vez, já estava em pé em 1692. No entanto o testemunho mais vivo e marcante do passado histórico de Olivença está nos traços indígenas de parte de seus moradores, os quais nos remete à sua primeira população.




Nas proximidades da vila de Ilhéus habitavam originalmente os tupiniquins. Em 1562-63, uma epidemia de varíola (bexiga) matou dois terços da população indígena na Bahia. Houve também grande mortandade em Ilhéus. Seguiu-se a fome pela falta de braços nas lavouras. O resultado foi um grande vazio demográfico deixado pela extinção dos tupiniquins. Os colonos portugueses, além de ficarem privados dos principais braços até então utilizados nos engenhos e na extração do Pau-brasil, viram-se às voltas com ataques do aimorés. É nesse contexto que os padres jesuítas começam a organizar missões com os quase dizimados tupiniquins. Era comum, no entanto, trazer índios de outros grupos – como tupinambás e tapuias- para povoar e defender uma missão.



A 1ª fase do aldeamento de N.S. da Escada, ou aldeia dos Ilhéus, como aparece na correspondência oficial da época, durou aproximadamente de 1680 a 1759, quando a missão passou a condição de vila, a Vila Nova Olivença. A autoridade máxima era o missionário, porem havia espaço para lideranças indígenas. Estas adotavam nomes portugueses e assumiam cargos no governo local. Os estudos mais recentes tendem a interpretar os aldeamentos coloniais não apenas como parte de uma política do dominador visando a destruição da cultura indígena. Missões como a que deu origem ao povoado de Olivença podem ser vistas também como espaços de preservação da vida e da identidade das populações nativas. Elas garantiram a seus habitantes, por todo o período colonial, o direito à terra coletiva e, em certa medida, uma proteção face a ameaça de escravidão