Lúcio Távora/Agência A TARDE
Faixas de protesto contra juízes e o TJ.
Mesmo com a proibição da guerra de espadas em Cruz das Almas (a 1.46 km de Salvador), grupos de espadeiros teimam em desafiar a Justiça e queimam o artefato em ruas e bairros afastados do centro comercial da cidade.
Alegando prejuízos com as apreensões realizadas pela Polícia Militar, através dos mandados de busca e apreensão, eles continuam tocando as espadas em nome da tradição secular no São João da cidade.
Segundo eles, enquanto a Justiça proíbe a guerra da espada durante os festejos juninos, as drogas invadem a cidade todo ano.
A equipe de reportagem do A TARDE foi agredida com uma espada e hostilizada por espadeiros enquanto cobria o São João da cidade na tarde desta quinta-feira, 23.
Ao percorrer as ruas do município em busca de depoimentos sobre a proibição da guerra de espadas e os prejuízos que ela poderia causar aos fabricantes, espadeiros, incomodados com a presença da reportagem, hostilizou o fotógrafo Lúcio Távora e a repórter Cristina Santos Pita.
O fotógrafo Lúcio Távora já tinha registrado demonstrações da queima feita por um dos integrantes do grupo quando dois deles se aproximaram impedindo-o de trabalhar. Enquanto a repórter Cristina Santos Pita entrevistava o espadeiro, os demais a rodearam exigindo que ela entrasse no carro e deixasse o local.
Já alterado pelo excesso de álcool, o grupo não aceitou conversar com a reportagem e agrediu a equipe.
Cristina Santos Pita/ a tarde - Cruz das Almas.
